Os esforços para responder às necessidades do Sul Global, incluindo a luta contra a pobreza e as doenças e a melhoria do acesso à água potável e à energia, estão a ficar muito aquém da meta que os países membros da ONU estabeleceram para si próprios através dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Este ano marca o meio caminho entre a adoção, em 2015, dos 17 objectivos que vão desde acabar com a fome, reduzir as desigualdades e tomar medidas contra a crise climática, e a data prevista para a sua conclusão em 2030.
Mas, de acordo com um relatório de várias agências ((https://public.wmo.int/en/resources/united-in-science-2023 )), apenas 15% desses objectivos estão em vias de ser cumpridos, devido às alterações climáticas, aos choques económicos ligados à pandemia da COVID-19 e à guerra na Ucrânia.
Veja Também Biden vai reunir apoio à Ucrânia na UNGA em meio a preocupações do Sul GlobalApesar dos contratempos, o governo Biden tem a oportunidade de abraçar a agenda dos ODS de uma forma que esteja alinhada com as aspirações do Sul Global, disse Noam Unger, diretor da Iniciativa de Desenvolvimento Sustentável e Resiliência do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, num briefing para repórteres na quinta-feira.
Uma maneira de demonstrar o compromisso de Washington é através de revisões nacionais voluntárias, que todos os países que concordaram com os ODS devem fazer, mas os EUA não o fizeram, disse Unger à VOA.
Marcando o início de uma nova fase de progresso acelerado, a Cimeira dos ODS 2023 terá lugar na segunda e terça-feira à margem da UNGA.
A Iniciativa para os Cereais do Mar Negro será um dos principais focos da cimeira. O acordo entre a Rússia, a Ucrânia, a Turquia e a ONU, que já expirou, criou um corredor seguro para as exportações de cereais ucranianos através do Mar Negro e permitiu que os alimentos e fertilizantes russos chegassem aos mercados mundiais.
O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, deverá reunir-se com os líderes turcos, ucranianos e russos em Nova Iorque, numa tentativa de reavivar o acordo, que a Rússia deixou expirar há dois meses.