É preciso recuar até 1924 para vermos os Jogos Olímpicos a acontecer em solo francês. Cem anos depois, a cidade das luzes abre as suas portas à 33 edição das Olimpíadas, com a cerimónia de abertura a acontecer, pela primeira vez, fora de um estádio.
A partir das 19h30, hora local, em pleno coração parisiense, mais de 90 barcos vão inundar o rio Sena, perante mais de 300 mil espetadores, entre os quais 100 chefes de Estado, num espetáculo que terá uma duração de cerca de quatro horas e vários artistas, que continuam no segredo dos deuses. Espera-se que a famosa artista canadiana, Celine Dion, possa atuar.
Tendo em consideração a amplitude do evento, França lançou um alerta de segurança de nível elevado, criou um grande perímetro de segurança, colocou mais de 40 mil polícias na cidade e instalou um sistema anti-drone, depois de hoje, 26, um ataque criminoso ter perturbado a rede ferroviária francesa de alta velocidade.
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Os líderes mundiais começaram a chegar ao gabinete do Presidente Emmanuel Macron no Palácio do Eliseu, onde Macron e a sua mulher Brigitte recebem os convidados num tapete vermelh.
32 modalidades vão ser disputadas em 35 localizações em França por quase onze mil atletas de todo o mundo. Da lista de desportos desapareceu o baseball e o softball, dando entrada o breakdance, a escalada, o skateboardig e o surf, cuja competição acontece no Taiti.
O Comité Internacional Olímpico (COI) destaca, ainda, a redução de emissões de CO2 em 50% do que média dos jogos do Rio 2016 e Londres 2012.
Equipa Olímpica de Refugiados representa mais de 100 milhões de deslocados
É a maior equipa desde que se apresentou pela primeira vez nos Jogos Olímpicos Rio 2016. 37 atletas compõem a Equipa Olímpica de Refugiados do COI em representação das mais de 100 milhões de pessoas deslocadas à força em todo o mundo, um número que triplicou nos últimos dez anos. Metade são mulheres e crianças.
Provenientes de 11 países diferentes, organizados por 15 Comités Olímpicos Nacionais, a equipa vai participar em 12 desportos representados pela Chefe de Missão Masomah Ali Zada, que competiu pela Equipa Olímpica de Refugiados em Tóquio 2020, sendo também ela refugiada.
Cerca de nove atletas são refugiados provenientes de África, entre os quais Congo, Eritreia, Sudão do Sul, Etiópia, entre outros países.
38% dos atletas são mulheres. Já a equipa paraolímpica de refugiados tem menos de 13% de mulheres. Uma percentagem que diminuiu comparativamente aos Jogos Olímpicos anteriores.
Segundo a Fundação Olímpica dos Refugiados, a participação da Equipa Olímpica de Refugiados nos Jogos Olímpicos "não é apenas um testemunho da sua resiliência e excelência, mas também envia uma mensagem poderosa de esperança, pertença e inclusão."
A maior parte dos atletas da equipa são apoiada através do Programa de Bolsas de Estudo para Atletas Refugiados, gerido pela Fundação Olímpica para os Refugiados (ORF) e financiado pela Solidariedade Olímpica, de acordo com dados do COI.
A Equipa Olímpica de Refugiados do comité internacional olímpico - a primeira do
do seu género foi criada em utubro de 2015, na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), confrontados com a crise mundial dos refugiados, que levou à deslocação de milhões de pessoas no mundo. O Presidente do COI, Thomas Bach, anunciou a criação participar nos Jogos Olímpicos Rio 2016.