As autoridades províncias do Uíge recusam-se a reconhecer as habilitações de alunos de uma escola católica devido a um conflito sobre as disciplinas minsitradas nesse estabelecimento escolar.
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As disciplinas em causa, ministradas na Escola do IIº ciclo do ensino secundário São Francisco de Assis no Município de Negage, são Transparência e Boa Governação, Metodologias de trabalhos Científicos, Métodos de Estudos, Educação Moral e Cívica.
A Direção Provincial de Educação diz que a introdução dessas disciplinas viola um acordo existente entre a Igreja e o Governo.
O director da referida escola, Frei Firmino Caculo disse à VOA que a Direcção Provincial da Educação recusou no último fim de ano assinar os certificados de habilitações dos alunos que terminaram o ensino médio naquela instituição por constarem no curriculum cadeiras tidas como excluídas à luz do acordo entre as partes.
Caculo disse que a escola administra essas cadeiras há três anos.
O Frei Firmino presumiu existirem outras razões que estariam por detrás da medida do Governo, como, por exemplo, as matérias ministradas na disciplina de Transparência e Boa Governação.
Contudo o disse que o que mais o “surpreendeu é o facto de negarem até a moral e isso fica complicado como igreja” .
Para o director provincial da Educação, Ciências e Tecnologias do Uíge Manuel Zangala os motivos que estiveram na base de não autenticarem os diplomas dos estudantes nesta condição estão apenas relacionados com o que diz ser a violação do acordo entre a Igreja e o Governo
“As (escolas) católicas funcionam na base do protocolo rubricado entre o Ministério da Educação e da Administração do Território com a Conferência Episcopal de Angola e S. Tome (CEAST)”, disse.
“O documento está claro e o que existe aqui é a má interpretação do mesmo por parte da escola do IIº ciclo do ensino secundário São Francisco de Assis no Município de Negaje”, acrescentou.
Manuel Zanga acusou a direção da escola São Francisco de Negaje de ter violado o protocolo existente rubricado entre ambas as partes ao insistir programar cadeiras no currículo da escola que não estão previstos no acordado.