“Eles quando entraram na aldeia começaram a queimar casas, e capturaram três pessoas”, que foram decapitadas de imediato, disse Sulemane Abhir, descrevendo um novo pânico no local.
Um outro morador, citando um sobrevivente, disse que o grupo entrou ao princípio da noite, “claramente para destruir a aldeia e expulsar” os habitantes que sobreviveram a um ataque anterior.
Várias pessoas voltaram a fugir da aldeia, que já tinha sido atacada em Julho, quando os rebeldes incendiaram dezenas de casas.
O Estado Islâmico reivindicou o ataque escreve a especialista em análise de dados de conflitos armados, Jasmine Opperman, que acompanha o conflito em Cabo Delgado.
Na sua página no Twitter, Jasmine Opperman indica que a reivindicação do Estado Islâmico refere “a morte de três cristãos”, decapitados pelos seus soltados “após a sua captura na terça-feira”.
Um outro morador, citando um sobrevivente, disse que o grupo entrou ao princípio da noite, “claramente para destruir a aldeia e expulsar” os habitantes que sobreviveram a um ataque anterior.
A aldeia atingida não fica distante de onde o grupo rebelde fez três emboscadas em menos de uma semana a colunas de viaturas, uma das quais fortemente guardada por militares e camiões blindados equipados com metralhadoras.
Numa das emboscadas, os insurgentes “decapitaram dois cristãos” e provocaram danos a sete veículos e vários feridos, numa zona com protecção e actuação das tropas governamentais e estrangeiras que combatem a insurreição armada em Cabo Delgado.
As duas primeiras emboscadas ocorreram a 30 e 31 de Julho, a sul da aldeia Nova Zambézia, no distrito de Macomia, junto à única estrada asfaltada que liga Pemba a Palma.
No ataque do dia 31, a coluna de viaturas estava fortemente protegida e tinha a missão de levar suprimentos de guerra para a vila de Palma, via terrestre.
No dia anterior o ataque visou um transporte de passageiros que seguia em fila com outras viaturas, no mesmo troço.
Um outro ataque em Oasse, no troço entre as aldeias Nova Zambézia e Nova Vida, onde não havia escolta militar, verificaram-se dois mortos e quatro feridos, incluindo um bebé que aparenta ter 7 meses de vida.
A Polícia em Pemba não respondeu de imediato ao pedido de comentário da VOA.
A insurreição, com inspiração radical islâmica, irrompeu em 2017, deixando pelo menos 4,000 mortos segundo a ACLED e cerca de 850.000 desalojados.