O Presidente Donald Trump vai enviar mais tropas ao Afeganistão como parte da nova estratégia, que visa evitar que os terroristas se refugiem naquela região.
Ao dirigir-se à nação nesta segunda-feira, 21, Trump disse que a nova abordagem tem como objetivo “impedir que o Afeganistão se torne um refúgio seguro para os militantes islâmicos que pretendem atacar os Estados Unidos”.
“O meu instinto original foi retirar as tropas", revelou o Presidente, acrescentando que terá sido “convencido pelos seus conselheiros de segurança nacional para fortalecer a capacidade dos Estados de impedir que os talibãs expulsem o Governo de Cabul".
Ao justificar a sua decisão, o Presidente americano disse que uma retirada rápida seria “previsível e inaceitável” e criaria um vácuo que seria preenchido por militantes, a exemplo do que aconteceu no Iraque com o Estado Islâmico
Trump não revelou o número de tropas a enviar, mas o secretário de Defesa, James Mattis, admitiu à imprensa que pretende enviar mais de quatro mil soldados, que se juntarão aos 8.400 actualmente presentes no Afeganistão.
No discurso feito em Fort Myer, no Estado de Virginia, ele afirmou que “não diremos quando iremos atacar, mas atacaremos”.
Aviso ao Paquistão
Trump afirmou também que “o povo americano está cansado de guerra sem vitória” e enviou uma mensagem ao Paquistão, a quem acusou de oferecer abrigo seguro a “agentes do caos, violência e terror” com frequência.
O Paquistão, segundo Trump, “têm muito a ganhar” caso se torne um parceiro dos esforços americanos no vizinho Afeganistão, e “muito a perder abrigando criminosos”.
“Nenhuma parceria pode sobreviver a um país abrigando militantes. É hora de o Paquistão demonstrar o seu compromisso com civilização, ordem e paz”, afirmou Trump.
“Não iremos construir países novamente, vamos matar terroristas”,afirmou Trump, reiterando que o seu objectivo "é evitar que armas nucleares e outros materiais terminem nas mãos dos terroristas”.
Donald Trump garaniu ainda que os Estados Unidos trabalharão com o Governo afegão sempre que houver determinação e avanços.
“Mas nosso compromisso não é ilimitado e nosso apoio não é um cheque em branco. O povo americano espera ver reformas reais e resultados reais", concluiu o Presidente americano.