O antigo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi retirado do palco num comício neste sábado, 13, em Butler, na Pensilvânia, depois de terem sido disparados tiros na direção do candidato republicano.
"O antigo Presidente está em segurança", informou o porta-voz dos Serviços Secretos, Anthony Guglielmi, num comunicado na rede social X, indicando que Trump está a receber tratamento numa unidade de saúde. "Esta é agora uma investigação ativa dos Serviços Secretos e serão divulgadas mais informações quando estiverem disponíveis", notou Guglielmi.
O Ministério Público local disse à AP que o suspeito de ser o atirador e pelo menos um dos participantes no comício morreram. Segundo a CNN, o atirador foi morto pelos Serviços Secretos.
Um outro participante no comício foi levado para o hospital "em estado grave", disse o procurador distrital do condado de Butler, Richard Goldinger, em declarações à CNN.
Não foram dados mais detalhes sobre o atirador.
"O Presidente Trump agradece às forças da ordem e aos primeiros socorristas pela sua ação rápida durante este ato hediondo. Ele está bem e está a ser examinado num centro médico local", escreveu o porta-voz de Trump, Steven Cheung, na conta oficial da equipa de Donald Trump no X.
Trump estava a mostrar um gráfico com os números da travessia da fronteira quando os tiros começaram a soar no meio da multidão.
Donald Trump escondeu-se rapidamente atrás da tribuna enquanto agentes de proteção correram para o palco e os gritos ecoaram na multidão. Momentos depois, guardados pelos membros dos Serviços Secretos, Trump foi visto com a mão direita na direção do pescoço, sendo visível sangue na cara.
A multidão aplaudiu quando Trump se levantou de punho erguido, sendo de seguida levado pela sua comitiva.
A polícia começou a evacuar o recinto pouco depois de Trump ter abandonado o palco.
Democratas e republicanos em choque
À saída da missa em Rehoboth Beach, o Presidente Joe Biden respondeu simplesmente: "Não", quando lhe perguntaram se tinha sido informado sobre o incidente.
Após ser informado pela Casa Branca, Joe Biden falou à comunicação social, dizendo que tinha tentado contactar Donald Trump e que estava aliviado por saber que Trump se encontrava bem. "Não há lugar na América para este tipo de ações. É doentio.", afirmou o presidente dos EUA, agradecendo o trabalho dos Serviços Secretos.
Inúmeras vozes republicanas e democratas reagiram de imediato, dizendo estar chocados.
O senador Chuck Schumer, de Nova Iorque, e líder da maioria, em comunicado afirmou: "Estou horrorizado com o que aconteceu no comício de Trump na Pensilvânia e aliviado pelo fato de o ex-Presidente Trump estar a salvo. A violência política não tem lugar no nosso país".
Vários outros membros do partido condenaram o ato.
Também num comunicado, o senador Mitch McConnell, de Kentucky e líder dos republicanos no Senado, afirmou estar grato por Donald Trump "parecer estar bem" depois de "um ataque desprezível a um comício pacífico".
"A violência não tem lugar na nossa política. Agradecemos o trabalho rápido dos Serviços Secretos e de outras forças policiais", disse McConnell.
O filho mais velho de Trump, Donald Trump Jr., escreveu na rede social X que o seu pai "nunca deixará de lutar para salvar a América".
Os líderes mundiais também começaram a reagir.
"Sara e eu ficámos chocados com o aparente ataque ao presidente Trump", disse o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu. "Rezamos pela sua segurança e rápida recuperação".
Esta é uma notícia em atualização.
c/ AP