O Presidente americano Donald Trump, assinou nesta terça-feira, 16, um decreto que determina uma reforma limitada das forças de segurança para tentar responder aos protestos contra a violência policial e o racismo no país.
A medida condiciona o financiamento e as garantias das forças policiais à proibição de certas técnicas como a de sufocar detidos, como a aplicada em George Floyd.
"Esses padrões serão tão elevados e rigorosos quanto for possível", disse Trump aos jornalistas, minutos antes de assinar o decreto presidencial na Casa Branca.
Ao assinar o decreto, Donald Trump afirmou ter recebido familiares de mortos devido à brutalidade policial e admitiu que tais práticas somente serão permitidas se a integridade física dos agentes for ameaçada.
"A todas as famílias afetadas, quero que saibam que todos os americanos choram ao vosso lado", disse Trump e prometeu que as vítimas de violência policial não "terão morrido em vão".
O decreto prevê a criação de um banco de dados com o historial do uso excessivo de força por parte das autoridades.
A medida também determina que o secretário de Justiça desenvolva programas que ajudem a saúde mental dos policias e de pessoas em situação de vulnerabilidade.
Sem se referir ao racismo, Donald Trump reiterou ser contra a redução de verbas para a polícia e sublinhou que "reduzir o crime e elevar os padrões não são objetivos opostos".
O decreto presidencial está, no entanto, segundo observadores, longe de satisfazer os pedidos dos manifestantes que há mais de duas semanas protestam contra o racismo e a brutalidade policial.
O Partido Democrata, na oposição, apresentou uma resposta de reforma da polícia de 150 páginas, enquanto os republicanos no Senado estão a trabalhar numa iniciativa legislativa.