O Presidente americano, Donald Trump, congelou todos os activos do governo da Venezuela nos Estados Unidos, num novo capítulo da campanha de pressão económica e diplomática para afastar Nicolás Maduro do poder.
O decreto assinado por Trump a seguda-feira, 5, vai muito além das sanções impostas nos últimos meses à estatal petroleira PDVSA e ao sector financeiro do país, além das medidas contra dezenas de autoridades e entidades venezuelanas.
O decreto não só proíbe empresas norte-americanas de negociarem com o Governo da Venezuela, mas abre caminho para possíveis sanções contra empresas ou indivíduos estrangeiros que o auxiliem.
Companhias russas e chinesas estão entre aquelas que ainda têm negócios consideráveis com o país sul-americano membro da Opep.
“Todas as propriedades e interesses de propriedade do Governo da Venezuela que estão nos Estados Unidos... estão bloqueados e não podem ser transferidos, pagos, exportados, retirados ou administrados de qualquer forma”, indica o decreto presidencial divulgado pela Casa Branca.
A abrangência do anúncio surpreendeu até alguns aliados do governo Trump.
“Isso é sério”, disse Ana Quintana, analista sénior de política da Heritage Foundation, centro de estudos conservador situado em Washington.