Trump anuncia medidas que restrigem viagens e negócios com Cuba

Presidente americano não quer negócios com militares

Acto terá lugar no "coração" de Miami

O presidente americanoDonald Trump deve anunciar nesta sexta-feira, 16, a sua política em relação a Cuba que vai reverter algumas medidas do seu antecessor Barack Obama, que pretendiam retirar Cuba de mais de meio século de isolamento.

O anuncio, a ser feito pelo presidente na chamada Little Havana em Miami, vai aumentar as restrições de viagem para os americanos e proibirá negócios com o conglomerado empresarial militar GAESA, que controla mais da metade da economia cubana.

Trump quer impedir empresas americanas de fazerem negócios com companhias ligadas aos militares.

A administração justifica as medidas com a situação dos direitos humanos na ilha.

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"Os opositores políticos continuam presos, os dissidentes continuam presos, as mulheres de branco continuam a ser perseguidas”, disse o secretário de Estado Rex Tillerson esta semana a senadores.

O chefe de uma agência de viagens na área da educação nos Estados Unidos, Collin Laverty, é de opinião que essas medidas vão eliminar todos os negócios com Cuba.

"As empresas militares estão presentes em tudo, desde o transporte de bagagens no aeroporto ao fornecimento de bens e serviços nos terminais portuários para navios de cruzeiro, autocarros, carros de aluguer, hotéis, marinas, etc. Portanto, elas têm um grande alcance em toda a economia. Se não se pode fazer negócios com empresas de militares, na prática não se pode fazer negócios com Cuba”.

Um funcionário do Governo revelou que as medidas visam restringir o fluxo de dinheiro dos Estados Unidos para Cuba.

Ele reiterou que a proibição existente no turismo será rigorosamente aplicada, colocando fim às chamadas “viagens individuais”, o que significa que qualquer americano que quiser ir a Cuba terá de o fazer como parte de um grupo.

Os defensores da polícia de aproximação entre os Estados Unidos e Cuba do antigo presidente Barack Obama dizem que a imposição de restrições a vagens e negócios irá reverter o efeito desejado.

Entretanto, as medidas a serem anunciadas não vão afectar as relações diplomáticas entre os dois países restabelecidas por Barack Obama e Raul Castro.