O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, admitiu congelar permanentemente a contribuição financeira à Organização Mundial da Saúde (OMS) caso "melhorias substanciais" não sejam feitas nos próximos 30 dias.
Em carta enviada na segunda-feira, 18, ao diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, e divulgada pelo próprio Presidente americano no Twitter, ele escreveu que "se a Organização Mundial da Saúde não se comprometer com melhorias substanciais nos próximos 30 dias, irei transformar o congelamento temporário do financiamento dos Estados Unidos para a Organização Mundial da Saúde em permanente e irei reconsiderar a nossa participação na organização".
Veja Também COVID-19: Número de infectados chega a um milhão e 500 mil e casos aumentam no sul dos EUATrump afirmou não poder permitir que "os dólares dos contribuintes americanos continuem financiando uma organização que, no seu estado atual, claramente não atende aos interesses dos Estados Unidos".
Antes, o Presidente americano tinha acusado a OMS de ser uma "marionete" de Pequim, e na carta reiterou que a organização tem uma "alarmante falta de independência" da China, que ignorou "relatórios confiáveis" de que o vírus se espalhou na cidade de Wuhan, epicentro do surto, no início de dezembro ou mesmo antes.
Veja Também Trump diz estar decepcionado com a China e prevê retaliarTrump voltou a dizer que a OMS demorou a declarar a pandemia de Covid-19 e criticou os elogios da agência à "transparência" da China em meio a relatos de censura e falta de cooperação internacional.
Washington é o principal financiador da OMS, com contribuições anuais de entre 400 e 500 milhões de dólares.
Em março, o Presidente americano suspendeu a contribuição financeira de Washington à OMS que, no entanto, conseguiu uma promessa de oito mil milhões de dólares de 40 países para desenvolver e distribuir uma vacina contra a pandemia da Covid-19.
Veja Também COVID-19: Anthony Faucy diz que número de mortes é superior ao anunciado e "o pior ainda não passou"Os Estados Unidos são o epicentro da doença a nível mundial, com 90.369 mortes e mais de um milhão e 500 infectados.
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