Cidadãos guineenses estão preocupados com relatos recentes de tiros de artilharia pesada, na zona de Casamance, alegadamente envolvendo as Forças Armadas do Senegal e elementos do Movimento da Frente Democrática de Casamance (MFDC).
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Casamance fica a norte da Guiné-Bissau, na linha de fronteira com o Senegal.
Uma fonte de Casamance disse à VOA que há relatos de mortes e feridos entre as forças opositoras e civis, após uma disputa pela posse de terra com a população da aldeia de Bissin, na secção de Gudomp, quando se avizinha a campanha de comercialização da castanha de caju.
Da parte da Guiné-Bissau, o som dos tiros chega às “tabancas de Gã-Jandi, Tarreiro, Sedengal, Catel, Quintcha, as mais próximas da linha fronteira”, disse um residente.
“As pessoas que estão na linha de fronteira estão com medo, devido aos tiros e tiveram que recuar" disse Quinata Turé, jornalista da Rádio Comunitária “Kassumay”, em São Domingos, perto de Casamance.
“Da parte das tropas guineenses, o que posso dizer é que houve uma intervenção muito rápida, principalmente na zona da cidade de Ingoré”, acrescentou Turé.
Um comunicado atribuído ao MFDC “avisa que toda agressão das Forças Armadas do Senegal desencadeadas, a partir da Guiné-Bissau, será considerada, nem mais, nem menos, como uma declaração de guerra contra Casamance”.
Sob anonimato, um operacional do MFDC, ligado à ala de Salif Sadio, desmente o envolvimento do seu líder nas presentes escaramuças.
“É uma guerra de comparsas. Ontem estavam juntos e hoje estão em contenda. Nós estamos bem”, disse em alusão à ala de César Atoute Badiate e as Forças Armadas do Senegal.