O antigo ministro moçambicano das Finanças, Manuel Chang, regressa amanhã ao tribunal, onde hoje a juiza Sagra Subrayon legalizou nesta quarta-feira, 9, a sua prisão.
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Na quinta-feira, o tribunal vai analisar uma eventual medida de coação pedida pelos advogados de Chang que, para a procuradoria sul-africana, deve ter o nível cinco na escala da legislação do país.
A defesa do também deputado da Frelimo considerou essa eventual caução de muito elevada, tendo a acusação referido que ela se aplica devido ao montante envolvido no caso em que Manuel Chang é acusado de fraude e lavagem de dinheiro, no valor de dois mil milhões de dólares.
Antes, o juiz considerou a prisão de legal, dando razão à procuradoria.
Cela individual
Na audiência, Chang pediu a sua transferência da cela onde se encontra com mais 20 detidos, facto que, segundo ele, o impede de dormir.
O juiz acedeu e vai ficar numa cela individual.
O antigo governante foi detido a 29 de Dezembro na África do Sul a pedido da justiça americana sob acusações de crimes de fraude e lavagem de dinheiro no processo que passou por ser conhecido como “dívidas ocultas”.
Outros dois moçambicanos estão envolvidos e acusados pela procuradoria de Nova Iorque, nos Estados Unidos, mas não foram ainda detidos.
No Reino Unido, três directores do banco Crédit Suisse foram detidos e um empresário libanês que prestava serviço a empresas moçambicanas foi preso em Nova Iorque, mas aguarda o julgamento em liberdade.
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