Tribunal do Reino Unido autoriza extradição de Assange para os EUA

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Arquivo: Fundador do WikiLeaks, Julian Assange, a saída do Tribunal da Magistratura de Westminster, em Londres. 13 de Janeiro 2020

Um tribunal de apelação britânico abriu a porta nesta sexta-feira, 10 de Dezembro, para que Julian Assange fosse extraditado para os Estados Unidos, revogando uma decisão de um tribunal inferior que considerava a saúde mental do fundador do WikiLeaks muito frágil para resistir ao sistema de justiça criminal americano.

O Tribunal Superior de Londres decidiu que as garantias dos EUA eram suficientes para garantir que Assange seria tratado com humanidade e ordenou que um juiz de primeira instância enviasse o pedido de extradição ao secretário do Interior para revisão.

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O secretário do Interior, que supervisiona a aplicação da lei no Reino Unido, tomará a decisão final sobre a extradição de Assange.

A noiva de Assange, Stella Moris, chamou a decisão de "grave erro judiciário" e disse que os advogados entrariam com um recurso "o mais rápido possível. ''

Assange, 50, está actualmente detido na prisão de segurança máxima de Belmarsh em Londres.

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Os EUA indiciaram Assange por 17 acusações de espionagem e uma acusação de uso indevido de computador devido à publicação do WikiLeaks de milhares de documentos militares e diplomáticos vazados.

As acusações acarretam uma pena máxima de 175 anos de prisão.

A detenção de Julian Assange remonta a 2010, quando ele publicou, através do WikiLeaks, documentos diplomáticos americanos.