A Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) continua em crise com divergências entre dirigentes daquele que é considerado um dos partidos históricos do país.
Agora, a data do V congresso da FNLA conheceu um novo revés, desta vez por decisão do Tribunal Constitucional (TC) que condicionou a realização do mesmo ao julgamento do recurso interposto pelo antigo secretário-geral, Pedro Macumbi Dala, afastado pelo actual presidente, Lucas Ngonda.
Depois de sucessivos adiamentos, devido a divergências internas, o conclave estava previsto para o mês de Junho.
Trata-se de “um aluta contra o tempo” porque o partido pode ser extinto se não cumprir um pressuposto legal que penaliza os partidos políticos que não realizarem sufrágios por mais de sete anos consecutivos.
Para já, a data para a realização do congresso depender do julgamento do recurso, cuja decisão poderá viabilizar a inclusão do antigo secretário-geral na lista dos actuais candidatos a presidente, segundo o antigo porta-voz do partido, Ndonda Nzinga.
Aquele político diz que o partido “está no limite da linha vermelha” para a sua sobrevivência e que a realização do “congresso de unidade, ainda este ano, é a maior preocupação dos militantes".
Por sua vez, o candidato à liderança da FNLA Pedro Gomes afirma que o TC não pode se imiscuir nos assuntos internos do partido e acusa aquela instância judicial de arrestar por muito tempo o julgamento dos recursos do seu partido.
O presidente do partido, Lucas Ngonda, de 80 anos de idade, concorre à sua própria sucessão, com mais seis aspirantes, entre eles, Carlito Roberto, filho do líder fundador, Holden Roberto.
O anterior congresso da FNLA reconhecido pelo TC teve lugar em 2010 que elegeu Lucas Ngonda presidente, em substituição de Ngola Kabango.