A crise interna que reina no Bloco Democrático (BD) conhece um novo capítulo com a entrada em cena do Tribunal Constitucional (TC) no caso que envolve a suspensão de um dos membros da direcção partidária.
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Aquela instância judicial notificou recentemente o partido BD para responder a um recurso intentado pelo dirigente suspenso e ex-candidato a presidente daquele partido, Américo de Jesus Vaz.
Vaz, recorreu ao TC por entender que o seu afastamento da cena partidária, por dois anos, decidida pela direcção do BD foi eivado de “instrumentalização e irregularidades” que atentam contra os estatutos do partido.
Em conversa com a VOA, Vaz disse que a sua suspensão oficial do partido, no dia 26 de Maio de 2022, se deveu ao facto de ter exigido a fiscalização dos actos que ocorreram na indicação dos comissários eleitorais e uma investigação sobre “os destinos incertos” dos valores destinados à sede da província do Huambo.
Ele esclareceu que recorreu ao TC por o seu partido ter rejeitado três recursos junto dos órgãos internos e contra os dois “actos de suspensão” que não obedeceram aos requisitos exigidos pelos estatutos do BD.
O Conselho Nacional reuniu-se com metade dos seus membros quando no mínimo devia ter a presença de 50 por cento mais um dos seus membros, disse Vaz, acrescentando que as pessoas visadas no requerimento sobre os comissários e dos valores que deram destino incerto na seda de Huambo, apareceram na reunião com procurações de membros que estavam ausentes que, supostamente, delegaram poderesz
A direcção BD diz que o caso está a ser tratado pelos seus advogados e não se manifesta preocupada com a possibilidade de que este novo facto possa aprofundar a crise latente depois da que resultou da saída do partido da coligação, CASA-CE.