O Tribunal Provincial da Huíla condenou 26 dos 29 réus do caso de desvio de 117 cisternas de combustível da central térmica da Arimba, no Lubango, ocorrido entre Janeiro a Dezembro de 2016.
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O acórdão da sentença foi lido pelo juiz relator, Kisoka Nziku, na tarde de terça-feira, 3.
Os réus foram condenados a penas que vão de dois a 12 anos e sete meses de prisão efectiva, com destaque para o director adjunto do Serviço de Investigação Criminal da Huíla, Abel Wayaha, que recebeu a pena maior.
O tribunal diz ter ficado provado que os réus incorreram nos crimes de corrupção activa e passiva, peculato, associação de malfeitores, falsificação de documentos e abuso de confiança.
Insatisfeito com a sentença, o colectivo de advogados da defesa prometeu interpor recurso junto do Tribunal Supremo por entender que ela não resultou dos autos e dos factos produzidos durante o julgamento.
“Faltou a verdade, a decisão é sustentada por aquilo que o juiz pensa e não por aquilo que consta dos autos e nem por aquilo que foi aqui produzido. Onde é que nós estamos?”, disse José Carlos, um dos advogados de defesa.
O julgamento iniciado a 22 de Janeiro decorre de um processo-crime descrito como de grande complexidade e envolveu, na sua maioria, motoristas de uma empresa de transportes e operadores de uma outra de produção de electricidade, Prodel.
O crime, segundo a sentença, causou ao Estado prejuízos patrimoniais avaliados em mais de 550 milhões de kwanzas.