O Tribunal Provincial da Lunda Norte, em Angola, rejeitou o pedido de habeas corpus dos advogados do presidente do Movimento do Protectorado da Lunda Tchokwé, José Mateus Zecamutchima, preso há mais de 80 dias em Luanda.
O activista foi detido na sequência dos confrontos registados a 30 de Janeiro no Cafunfo, na província da Lunda Norte, aquando da programada manifestação convocada pelo seu movimento que terminou na morte de várias pessoas em confrontos entre os manifestantes e a polícia.
“O Tribunal da Lunda Norte nos respondeu, foi rejeitado o nosso pedido de habeas corpus (porque) segundo eles os argumentos avançados por nós não sustentam a sua libertação”, disse à VOA o advogado de defesa Salvador Freire.
Por outro lado, Freire lamenta o facto de até ao momento o Tribunal Supremo não ter respondido à sua reclamação.
Organizações da sociedade civil, advogados, deputados e familiares do activista têm-se multiplicado em pedidos para que Zecamutchima seja posto em liberdade.
O Observatório Para Coesão Social e Justiça, que já apresentou também um pedido habeas corpus para que o presidente do Movimento do Protectorado Lunda Tchokwé responda em liberdade, diz que não foi tido em conta e o também advogado e presidente da organização, Zola Bambi, insta o Ministério Público a "não manchar ainda mais o nome da justiça do país" e que solte o activista.