A reestruturação e privatização da companhia aérea de bandeira de Cabo Verde, TACV, vai implicar o despedimento de 260 trabalhadores, facto que leva os visados e sindicatos a alertar o Governo para garantir as melhores condições de indemnização daqueles que vão ficar sem o emprego.
O Executivo decidiu que a TACV vai deixar de fazer as ligações internas, que passarão a estar a cargo da Binter Cabo Verde, empresa privada das Canárias, a partir de 1 de Agosto.
Agora, o Governo está empenhado na procura de parceiros para a privatização da TACV Internacional.
Aos trabalhadores que não se enquadrarem na nova empresa, são garantidas indemnizações e linhas de crédito para aqueles que optarem pela abertura do próprio negócio.
A comissão de trabalhadores reconhece que a situação da empresa é insustentável, portanto exige tomadas de medidas de fundo.
No entanto, Luciano Semedo espera que se criem condições especiais para resolver a situação dos trabalhadores.
Diálogo
“Espero que haja uma indemnização aceitável e boas condições para atribuição da linha de crédito a ser distribuída, por forma a facilitar os trabalhadores despedidos a se inserirem bem no mercado de negócios”, alerta Semedo.
A mesma preocupação é manifestada pelo presidente da Confederação Cabo-verdiana dos Sindicatos Livres (CCSL), José Manuel Vaz, que defende um processo de diálogo franco com todos os trabalhadores, visando a resolução dos seus problemas.
Aquele dirigente sindical defende medidas especiais para o processo de indemnização e a atribuição de créditos para abertura de negócios.
O presidente da CSSL não quer que a situação da TACV venha a ser idêntica às extintas empresas EMPA e TRASCOR, em que muitos ex-trabalhadores continuam por receber parte das indemnizações, com alguns a viverem em profundas dificuldades.
Refira-se que o Governo anunciou estar a ser apoiado no processo de reestruturação da transportadora área cabo-verdiana por parceiros de desenvolvimento, com destaque para o Banco Mundial.