Trabalhadores da Companhia de Bioenergia de Angola (Biocom) em Malanje queixam-se das condições de trabalho e das remunerações que, segundo dizem, não satisfazem as necessidades básicas das famílias.
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Os assalariados apresentaram as preocupações à à direcção da empresa, localizada na comuna do Pungo-a-Ndongo, município de Cacuso.
A trabalhadora rural Ana Cristina Francisco Sebastião lamentou o facto de que o serviço que realiza não é ser, a seu ver, devidamente remunerado, afirmando ganhar 23 mil Kwanzas.
“Eu carrego pau na cabeça, nas mãos, são grandes e a Biocom não colocou tractores para carregar isso”, disse.
Outros trabalhadores queixam-se da alimentação, como António Manuel Neto que disse que “a comida aqui é estragada no campo, a data do sumo é expirada”.
Manuel Neto disse que estes problemas precisam de ser resolvidos para benefícios de todos, dos trabalhadores e da empresa.
“Nós devemos colaborar com a empresa e a empresa colaborar connosco”, reiterou.
Os funcionários defendem mais dialogo entre a entidade patronal e os empregados,.
Por seu lado, director de Sustentabilidade, Pessoal e Organização Fernando Koch disse que o diálogo é salutar para a solução dos problemas dos quadros da Companhia de Bioenergia de Angola, que funciona há dois anos.
“Hoje o papel do líder é conversar com o seu liderado e resolver os problemas pontuais, mas os problemas colectivos, sem sombra de dúvida, devem ser resolvidos juntos e com a comissão sindical", defendeu.
O secretário-geral da União dos Sindicatos de Malanje António José que lançou o cronograma das realizações em torno do 25º aniversário da UNTA- Confederação Sindical foi peremptório ao afirmar que os assalariados devem denunciar a violação dos seus direitos.