A produtividade da Mecanagro – EP em todo país é zero por indisponibilidade de meios para lavrar a terra e terraplanagem de estradas secundárias e terciárias.
Os trabalhadores estão há oito meses sem receber os seus salários.
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O representante da comissão sindical da Mecanagro em Malanje, Manuel José Pinto, disse à VOA que a empresa prometeu muito.
“No mês de Agosto prometeram que antes das eleições teríamos os salários pagos, infelizmente não recebemos nada, sempre esperanças moribundas”, lamentou Pinto.
Há 16 anos na empresa, o mecânico de máquinas pesada e ligeira, Domingos Pedro Gomes Manuel, afirmou que o ordenado é baixo e não permite sustentar a família.
“Tenho família nunca mais soubemos do salário, o salário é tão baixo para nós”, disse, reclamando que “um camarada que trabalha aqui há 16 anos, em máquinas pesadas ganha 20 mil kwanzas, é muito pouco, já não estamos a pagar as propinas (das crianças na escola), eu vivo em casa de renda e fui corrido”, lamenta.
Treze dos 49 funcionários aguardam pela reforma há alguns anos, mas como a Mecanagro deixou de pagar os impostos à segurança social contraiu uma dívida superior a três milhões de kwanzas.
A confirmação é do chefe de departamento da administração e finanças, Matano Hindo João, que tinha na fila 180 colegas por aposentar.
“Temos uma multa de 3 milhões e 750 kwanzas, não há como a segurança social receber os processos”, confirmou.
O presidente da União dos Sindicatos de Malanje, António José, afirmou haver pouco interesse por parte da direcção geral daquela empresa e do Ministério da Agricultura mas espera por novos desenvolvimentos antes de terminar o ano.
“As promessas que foram feitas indicam que os trabalhadores não passarão a quadra festiva sem os seus salários”, reiterou.
Há já algum tempo os funcionários da Mecanagro recebem os ordenados em atraso depois de reclamações pela imprensa e em greves.