Melhores salários, maior dignidade e a retirada do Imposto de Rendimento do Trabalho nos salários abaixo de 80 mil Kwanzas, como estipulado na lei são as exigências dos cerca de 500 grevistas da empresa de Logística e Transportes Integrados, cuja paralização do trabalho entrou ontem no seu segundo dia.
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Gree em companhia ligada ao general Kopelipa - 2:44
Alexandre Camela, 1º Secretário da Comissão Sindical da empresa. Disse haver muitas disparidades no salários com “indivíduos que exercem a mesma função com salários diferentes, ajudantes que ganham maior que o mestre”.
Para além disso há trabalhadores a ganhare 40.000 Kwanzas recordando depois que os salários tinham sido acordados com base num cambio de 500 dólares o Kwanza.
Com a perca de valor da moeda nacional os salários não correspondem ao que foi acordado e “ hoje o patrão não quer reajustar os salários”, disse.
Os grevistas filhados ao Sindicato dos Trabalhadores Organizados do Sector Petrolífero e Afins de Angola (STOSPA), dizem que o maior problema está no facto da direção da empresa não estar interessada em negociar.
“Por isso decidimos partir para greve para ver se o patrão tenta negociar”, disse Alexandre Camela que diz terem tentado por diversas vezes com cartas, cadernos reivindicativo e presencialmente contatos que não surtiram efeitos.
A VOA contatou a responsável dos recursos humanos da empresa que mostrou-se indisponível em prestar qualquer declaração.
A empresa de Logística e Transportes Integrados, mais conhecida por LTI, é uma empresa privada que presta serviços de logística e transporte a várias empresas angolanas.
Constituída aos 28 de Outubro de 2008, a LTI, foi registrada em nome do angolano Marcos Paulo da Cruz Pinheiro da Silva, e do cidadão português Nuno Miguel Sequeira Rodrigues Pereira, ambos funcionários da GIPAKA- Construção, pertencente “ao General angolano Helder Kopelipa”.
A VOA tentou igualmente o contato com o General Manuel Hélder Vieira Dias Júnior, "Kopelipa", mas sem sucesso.