João Marcos
Os 50 trabalhadores do maior aviário de Benguela devem ficar sem os seus empregos em consequência dos estragos causados pelas cheias. O empreendimento, localizado na margem direita do rio Cavaco, perdeu dez mil galinhas em fase de reprodução, equipamento avaliado em 80 mil dólares e muita matéria-prima. Há mais de 20 anos num ramo a precisar de apoio institucional, o aviário Santa Filomena prepara-se para pedir indemnização ao Governo de Isaac dos Anjos.
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O balanço dos estragos, ainda provisório, leva Filomena Ramos a pensar em colocar ponto final numa actividade que garante cinquenta postos de trabalho.
A proprietária do Santa Filomena fala em danos incalculáveis, numa clara alusão às inundações que devastaram matéria-prima, paredes, máquinas e animais. O lixo está a ser o destino das galinhas mortas e de toda a mercadoria deteriorada.
Enquanto contribuinte, inúmeras vezes sujeita a multas, a empresária acha que tem o direito de exigir uma indemnização.
O pedido de indemnização de Filomena Ramos foi feito horas depois do reconhecimento de que as lacunas nos diques de protecção do Cavaco deram lugar à catástrofe
O sector da Agricultura fala em perdas de cinco mil toneladas de tomate e quase 200 hectares submersos.