Os trabalhadores da Sociedade Mineira do Cuango estão em greve desde Domingo (22) em protesto contra supostas agressões e ameaças com armas de fogo, feitas pela Polícia de Intervenção Rápida (PIR), a mando da direcção empresa.
De acordo com Nelson David Samuhanga, tudo começou depois dos trabalhadores exigiram o levantamento de um castigo aplicado ao secretário sindical por razões que afirmam não terem qualquer fundamento.
O castigo aplicado ao secretário sindical é interpretado pelos trabalhadores como sendo retaliação contra os contactos que estes mantiveram com deputados durante uma recente visita à região.
“Depois dos deputados voltarem a empresa instaurou um processo disciplinar ao primeiro secretário onde a empresa inventou muitas coisas”, disse Samuhanga, acrescentando que tinha “i8ventado” uma paralisação de trabalho que não existiu.
“Chamaram a Polícia, vieram com tiro, granadas, iniciaram a rebentar os nossos meios, os nossos colegas pararam no hospital, algemaram os nossos colegas”, disse.
Os grevistas exigem como condição para o levantamento da greve a dispensa dos expatriados em idade de reforma, a anulação da sanção disciplinar contra o secretário sindical e o afastamento de alguns responsáveis da empresa acusados de serem os principais mentores dos maus tratos e despedimentos ilegais de trabalhadores.
Os grevistas reclamam também o equilíbrio salarial entre nacionais e estrangeiros com a mesma qualificação profissional estando a exigir do organismo de tutela, uma sindicância à tesouraria da empresa.
A Sociedade Mineira do Cuango é integrada pelas empresas Endiama,ITM e Lumia.