Em Cabo Verde, termina hoje a greve de 48 horas promovida pelos sindicatos dos professores do arquipélago..
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A greve, segundo os sindicatos, visa obrigar o Governo a resolver um conjunto de pendentes, como a reclassificação, a redução de carga horária, progressões e outras reivindicações.
Para alguns educandos ouvidos pela VOA, a paralisação das aulas só prejudica os alunos, embora considerem justa a luta dos professores.
Os nossos entrevistados são de opinião que a desmotivação do professor reflecte negativamente nas aulas que ministra, por isso esperam que algumas situações reivindicativas da classe sejam resolvidas.
Um encarregado da educação disse reconhecer o direito dos professores de fazerema greve, mas considera que o Ministério da Educação e os sindicatos deviam ter chegado a um entendimento, evitando a paralisação das aulas durante dois dias.
Na escola técnica em Achada de Santo António, um professor concorda com a luta do pessoal docente, mas afirma que o Governo e os sindicatos deviam ter chegado a uma plataforma de entendimento, evitando neste caso a greve, já que "os mais prejudicados com a paralisação das aulas são os alunos".
Já no liceu Pedro Gomes, encontramos uma professora que lamenta ter passado 20 anos a leccionar para depois entrar para o quadro do Ministério da Educação, sem esquecer, a reclassificação que espera há cerca de um ano.
Para a professora, estas e outras situações não resolvidas têm influência na vida dos docentes, podendo também reflectir de forma negativa na condução das aulas.
A greve de 48 horas convocada pelos sindicatos representativos dos professores cabo-verdianos termina esta quarta-feira, às 19 horas locais.