A tensão está a aumentar no campo de refugiados do Lóvua na Lunda Norte onde se registaram já alguns actos de violência e ameaças por parte dos congoleses que querem regressar ao seu país
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Autoridades provinciais do Kasai na Republica Democrática do Congo e da província angolana da Lunda Norte vão reunir-se Segunda-feira para discutir a situação desses refugiados que recentemente se manifestaram contra a a agência de refugiados da ONU.
Fontes policiais na Lunda Norte disseram que se têm registado incidentes no campo, o último dos quais envolveu a agressão a uma mulher que tinha semeado produtos agrícolas, algo que alguns refugiados se opõem por considerarem que isso perpetua a sua estadia em Angola.
“Esta agressão aconteceu pelo facto da senhora entender que devia semear um produto ali u milho, feijão, hortaliças e alguns membros do grupo, refugiados, entenderam que isso visa perpetuar a sua estadia no campo”, disse a fonte policial que disse que os responsáveis da agressão foram presos.
O representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, ACNUR, disse lamentar os distúrbios acrescentando que “as pessoas que têm cometido delitos aí com relação a ameaças e agressões obviamente já estão identificadas e serão levadas a responsabilidade legal”.
O comandante Alfredo Nilodisse não haver violência mas sim casos de ameaças “ desde há dois ou três meses para cá desde aquela manifestação contra alguns funcionários do ACNUR onde eles publicamente manifestaram a vontade de regressar”.
O comandante disse que a falta de comunicação sobre a situação fez aumentar o descontentamento, frisando, no entanto, que o que se passou até agora “não representa qualquer perigo”.