As operações de desminagem que iniciaram depois da assinatura dos acordos que puseram fim a 16 anos de guerra civil, deveriam ficar oficialmente concluídas a 31 de Dezembro de 2014. Mas, por causa da recente tensão político-militar que se viveu no país o processo atrasou-se.
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Nas três províncias do centro, Manica, Sofala e Tete, todos os distritos foram declarados “livres de minas terrestres”, à excepção de três: Mossurize, Nhamatanda e Chibabava. E é nesses distritos onde as acções das operadoras de desminagem estavam concentradas desde o início de 2015.
Joaquim Bila, delegado do Instituto Nacional de Desminagem, disse à VOA que só na província de Sofala, de 2008 a 2014, o processo de desminagem absorveu cerca de 30 milhões de dólares americanos, tendo sido aplicados, desde 1 de Janeiro de 2015, para concluir as operações, acima de 329 mil dólares.
Ainda segundo Bila, na região centro do país foram libertados cerca de 10 milhões de metros quadrados de terras, entre 2008 e 2014.
Durante o mesmo período, foram descobertas e destruídas cerca de 4 mil minas terrestres, mais de 700 engenhos não explodidos e aproximadamente 54 mil munições de pequeno calibre. Registaram-se 12 acidentes, tendo as explosões de minas terres provocado 37 vítimas, 13 das quais mortais.