Analistas dizem que a forma lenta com que o governo de Moçambique faz reformas económicas e a tensão política estão a minar o ambiente de negócios no país, no sentido de que não atraem o interesse dos investidores.
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Na recente avaliação "Doing Business", do Banco Mundial, Moçambique caiu cinco posições para o lugar 133, numa lista de 189 países analisados.
Esta descida é resultante tempo que dura a abertura de uma empresa, obtenção de electricidade e crédito, bem como a execução de contractos, sendo este o pior indicador do país.
Rui de carvalho, Presidente da Confederação das Actividades Económicas-CTA, na sigla em inglês, da Namaacha, sul de Moçambique, observando que os aspectos apontados pelo Banco Mundial são preocupantes, destacou que a tensão política não é menos preocupante.
"Na Namaacha, há empresários que receiam incrementar os seus investimentos por acreditarem que a guerra pode vir a inviabilizar os seus negócios," realçou.
Por seu turno, o jornalista Francisco Carmona lamentou o facto de as reformas em Moçambique serem muitos lentas, considerando extremamente importante o índice "Doing Business, porque contribui para atrair o interesse dos investidores.
Entretanto, o Governo diz-se empenhado em esforços para melhorar o ambiente de negócios em Moçambique, e afirma sentir-se encorajado com os resultados desse esforço.
Na óptica do Governo, e como resultado das reformas, entre 2010 e 2014, o país passou de 262 para 518 projectos; de 31 mil empregos para 46 mil; e o investimento duplicou de 3,2 mil milhões de dólares para 7,4 mil milhões de dólares.