A judoca da Guiné-Bissau, Taciana Lima, perdeu neste sábado, 6, na sua estreia nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 frente a Otgontsetseg Galbadrakh, do Casaquistão.
A luta na categoria de até 46 quillos durou cerca de oito minutos e terminou com a vitória da adversária por por ponto de ouro.
Em conversa com a VOA após o combate, o Chefe da Missão da Guiné-Bissau no Rio-2016 Renato Moura reconheceu a “grande força física da adversária”, que se recuperou depois de Taciana “ter começado bem melhor”.
Moura admitiu que a judoca guineense podia ter ganho, mas que terá pesado também o facto de ser a sua primeira participação nos Jogos Olímpicos.
A história de Taciana
Natural de Olinda, no Estado de Pernambuco, Taciana Lima tem uma história interessante.
Criada pela mãe, não conhecia o pai, que ela decidiu procurar com recurso à internet em 2007.
Taciana descobriu que o pai veio ao Brasil estudar engenharia na década de 1980, quando conheceu a mãe que viria a ficar grávida.
Óscar Suca Baldé regressou à Guiné-Bissau e perdeu o rasto à filha.
Baldé regressou três vezes ao Brasil para tentar encontrar a antiga namorada e a filha, mas nunca teve sucesso.
Ao descobrir o pai, que foi secretário das Pescas, Taciana Lima foi conhecer o seu progenitor, decidiu assumir o apelido do pai e radicar-se na Guiné-Bissau.
Agora, Taciana defende as cores da Guiné-Bissau, com as quais tem ganhovárias competições em África.