A companhia aérea de bandeira angolana TAAG tem de ser reestruturada e isso deverá implica o despedimento de pessoal, afirmam especialistas.
O Presidente angolano João Lourenço pediu já uma solução de equilíbrio entre os interesses do Estado e dos trabalhadores para a crise na empresa pública.
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Especialistas na matéria entendem que o processo de refundação que houve na companhia aérea de bandeira falhou e há que encetar um novo processo e despedir pessoal que constitui um peso morto para a empresa estatal.
Galvão Branco, economista, defende que a TAAG deve "adaptar a tecnologia e meios técnicos que tem para actividades próprias, retirando-se das operações domésticas em função do tipo de tecnologia e de aviões que possui”.
Para Branco deve-se constituir empresas próprias para fazer as operações domésticas com meios adequados e “refundar a TAAG para permitir que, "enquanto companhia de bandeira - uma opção política -, possa competir nas rotas que forem estabelecidas".
David Kissadila, especialista em gestão de empresas e recursos humanos, entende que a TAAG deve adaptar-se aos novos paradigmas económicos e para isso precisa despedir o pessoal improdutivo.
"Hoje vemos aeroportos, por exemplo no Uíge, Luau, Ndalatandu, Sumbe, etc., que praticamente são inoperantes em termos de navegação aérea, com pessoal que só recebe salários, mas não produz nada”, justifica.
“O Estado só está a gastar dinheiro, a pagar salários sem lucro”, afirmou Kissadila, acrescentando "ser preciso despedir esse pessoal e providenciar a adequada indemnização para irem fazer outra coisa e redimensionar empresa”.