São Tomé e Príncipe: Relatório americano alerta para violência policial e contra mulheres

EUA apontam para desinformação e discriminação de mulheres

Em São Tomé e Príncipe, as autoridades civis mantiveram o controlo efectivo sobre as forças de segurança, mas houve um uso excessivo da força, incluindo espancamentos pela polícia, enquanto a violência doméstica foi generalizada frente à impunidade devido à inacção do Governo.

A denúncia está no Relatório Sobre os Direitos Humanos no Mundo 2018 divulgado nesta quarta-feira, 13, em Washington, pelo Departamento de Estado americano, que cita a preocupação de grupos políticos e de direitos humanos “sobre a pouca capacidade dos cidadãos de criticar o Governo abertamente”.

A imprensa independente “permaneceu subdesenvolvida e sujeita à pressão e manipulação por parte do Governo tendo os jornalistas admitido a autocensura".

A corrupção não ficou de lado do relatório que diz ser “um problema social identificado pela sociedade civil e pelo Banco Mundial”.

No capítulo da violência domestica, o Departamento de Estado diz existirem “amplos relatos”, mas não há dados “de processos judiciais ou julgamentos sobre violência doméstica”.

As mulheres mais velhas e habitantes das zonas rurais sofrem de alguma discriminação, enquanto as mulheres, no geral, sofrem de desinformação dos seus direitos.

O relatório faz uma breve alusão a manipulações e influências políticas que se verificam em alguns casos no sistema judicial, enquanto denuncia caos de “violência e uso da força pela polícia em detidos”.