As chuvas fortes que se abateram sobre São Tomé e Príncipe nos últimos dias do mês de dezembro, o desemprego, o agravamento da pobreza, os efeitos da Covid-19 e o aumento da corrupção, foram aspectos marcantes na mensagem de ano do Presidente da República, Carlos Vila Nova.
O Chefe de Estado considerou 2021 um ano muito difícil para os São-tomenses e garantiu que tudo fará para que 2022 seja melhor.
Carlos Vila Nova dedicou a primeira parte da sua mensagem às vítimas das enxurradas do passado dia 28 de dezembro, aos doentes internados nos hospitais, aos médicos e enfermeiros e aos elementos das forças de segurança que têm estado no terreno a prestar auxílio às populações.
O Presidente da República escreveu 2021 como um ano “duro “para os São-tomenses.
“As tempestades destes últimos dias vieram chamar a nossa atenção para a forma como o nosso ambiente tem sido maltratado”, disse Vila Nova, adiantando que extração abusiva de inertes e a destruição das praias atingiram dimensões nunca vistas no país.
“Estive em Micoló e Fernão Dias e presenciei o que a mão dos homens é capaz”. O ambiente não é propriedade de alguns São-tomenses que fazem dele o que querem apenas para satisfazer a sua ganância e dos seus correligionários”, desabafou.
O Presidente São-tomense afirma que 2021 foi o ano em que a corrupção se generalizou em São Tomé e Príncipe "minando as estruturas do estado".
“É preciso libertar o país das garras da corrupção e dos seus corruptores. Esta é a condição do nosso desenvolvimento. Não temos a mínima duvida que o país está enclausurado numa teia de corrupção”, afirmou Vila Nova, sublinhando que até os recursos disponibilizados ao país para o combate a covid-19 e o apoio aos mais fracos foram dilapidados pela teia da corrupção em detrimento de vidas humanas.
Por tudo isto o presidente São-tomense exige determinação para combater a corrupção "avassaladora" e outros crimes que o país viveu em 2021 e apela o regresso da justiça para que São Tomé e Príncipe entre em 2022 com um "querer genuíno e determinação sem limite" para expulsar definitivamente "a miséria e a mediocridade" em que vive hoje.