São Tomé e Príncipe: População de Lemba consome água do rio sem tratamento

São Tomé, distrito de Lemba

“Não temos outra saída, a água está suja, a cheirar mal, mas temos que beber assim mesmo”, disse Ludmila Soares

Em São Tomé e Príncipe a maioria da população do distrito de Lemba, estimada em cerca de 18 mil habitantes, está sem acesso a água potável, consumindo a do rio, sem nenhum tratamento.

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São Tomé e Príncipe: População de Lemba consome água do rio sem tratamento

A única estação de tratamento e distribuição de água, construída no distrito, há cerca de quatro anos, foi totalmente destruída pelas enxurradas, no final de 2021.

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Enxurradas em São Tomé e Príncipe

“A estação já não tem nada. Foi tudo destruído. Nós não temos condições financeiras para recuperar a estação e não sabemos quanto tempo a população vai ficar sem água”, disse Abel Vila Nova, director de água da Empresa Nacional de Água e Eletricidade, EMAE.

Para piorar, disse Vila Nova, alguns equipamentos que resistiram estão a ser vandalizados pela população, que agora consome água do rio sem qualquer tratamento.

“Não temos outra saída, a água está suja, a cheirar mal, mas temos que beber assim mesmo”, disse Ludmila Soares, residente da cidade de Neves, que procurava o preciso líquido no Rio Plovaxe.

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O presidente da autarquia de Lemba, Albertino Barros, disse que tem feito contactos junto ao Governo central para abastecer a população com água potável, através dos bombeiros, mas sem sucesso.

“A população precisa de água boa para beber. Estou preocupado. Tudo leva a crer que nos próximos dias vamos ter muitas doenças de origem hídrica no distrito”, alertou Barros.