São Tomé e Príncipe não vai conseguir atingir a meta da eliminação do paludismo em 2025, conforme programado pelas autoridades.
A conclusão é da representante da Organização Mundial da Saúde (OMS), que assinala recuos nas acções de combate à doença que durante varias décadas foi a primeira causa de mortalidade no arquipélago.
Para atingir a meta da eliminação em 2025, o país não podia registar em 2022, qualquer morte, nem nos três anos seguintes.
Na contramão, nos últimos dois anos a taxa de incidência do paludismo por mil habitantes passou de 9,2 por cento para 18,2 por cento, de acordo com um estudo sobre a evolução da epidemia em São Tomé e Príncipe.
Na região autónoma do Príncipe, que já tinha alcançado a meta, foram registados sete casos nos últimos dois meses.
“Perante o retrocesso do programa de combate ao paludismo em São Tomé e Príncipe, a meta da eliminação desta doença em 2025 já não será alcançada”, disse Claudina Cruz, representante da OMS no país, sublinhando a necessidade de se estabelecer novos marcos que possam conduzir o país à eliminação.
Por seu lado, o ministro da Saúde lamenta o atraso nas acções de combate à epidemia e avisa que “sem a eliminação do paludismo São Tomé e Príncipe não estará livre de doenças que põem em causa o desenvolvimento, o investimento e o turismo”.
“A eliminação do paludismo é muito importante para o país. É a maior guerra que estamos a travar desde da independência em 1975”, frisou Celsio Junqueira