O Governo São-tomense quer legalizar o uso da cannabis para fins medicinais e está em negociação com investidores estrangeiros para o cultivo no país, apesar da advertência sobre os riscos.
O ministro da Agricultura, Francisco Ramos, garante que os benefícios económicos superam os riscos.
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“A medida vai gerar cerca de 400 postos de emprego e no quinto ano da produção teremos uma receita de 17 milhões de euros”, afirmou Ramos, assegurando que as autoridades tomarão medidas para ter o total controlo da produção destinada a obtenção de óleo para fins medicinais.
Perante a perspectiva, o Instituto Nacional da Droga e Toxicodependência avisa que a cannabis é a droga mais consumida no arquipélago e alerta para as consequências da decisão.
Nilza Carvalho teme o aumento do consumo da cannabis com "graves consequências sociais" para o país.
“O problema é que como temos um solo fértil, e cada um vai começar a produzir no seu quintal, e o consumo vai aumentar ainda mais”, alertou Carvalho.
A Psicóloga Dignalda Ceita também manifestou preocupação face ao número de jovens que já consomem cannabis em São Tomé e Príncipe, e afirma que o mais preocupante ainda é o facto de o país não possuir um centro de reabilitação para toxicodependentes.
“Muitos acabam na psiquiatria sem hipóteses de recuperação” disse a Dignalda de Ceita.