Centenas de trabalhadores do sector do turismo e hotelaria em São Tomé e Príncipe, em regime de lay-off, por causa da covid-19, reclamam o pagamento de sete meses de salários em atraso.
A reivindicação, dizem os trabalhadores, corresponde a 85 por cento do ordenado prometido pelo Governo no quadro das medidas para ajudar as empresas a manter os postos de emprego durante a pandemia.
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O Instituto Nacional de Segurança Social, INSS, diz que o atraso dos pagamentos se deve a problemas informáticos.
Sem a parte do salário prometida pelo governo São-tomense, centenas de trabalhadores vivem apenas com cerca de 10 dólares por mês, ou seja, os restantes 15 por cento dos ordenados assumidos pelas empresas.
“Se os governantes não conseguem cumprir com o que prometeram, eles comunicam à empresa, nós recebemos a nossa indemnização e cada um vai tratar da sua vida. Estar a receber 10 dólares por mês com tantas despesas que temos não dá” disse um trabalhador de uma das unidades hoteleiras do país.
“Estamos a passar fome. Os 15 por cento do salário garantidos pela nossa empresa não chegam para um dia de refeições”, afirmou outra funcionária de outro hotel, que tem mantido os trabalhadores em regime de lay-off, na sequência da crise provocada pela pandemia da Covid-19.
Face às reivindicações de centenas de trabalhadores de mais de 80 empresas do ramo do turismo e hotelaria, o Governo São-tomense através do director do Instituto Nacional de Segurança Social, Maikel Viegas prometeu que vai começar a regularizar a situação ainda esta semana.
“O atraso nos pagamentos deveu-se a um problema técnico que já ultrapassamos. No mais tardar, até esta sexta feira, 23, vamos começar a regularizar esta situação. Os sete meses de salário em atraso serão pagos”, disse o director do Instituto Nacional de Segurança Social.