São-tomenses desesperam-se por falta de energia

Falta de energia em São Tomé e Príncipe

Governo justifica os cortes com a manutenção de geradores e a redução do combustível à Empresa de Água e Eletricidade, mas ainda não apresentou soluções nem prazos para a resolução do problema

Os cidadãos são-tomenses continuam desesperados com a crise energética que perdura no país há várias semanas e que se agrava dia após dia.

O Governo justifica os cortes no fornecimento da luz electrica com a manutenção de geradores e a redução do combustível à Empresa de Água e Eletricidade (EMAE), mas ainda não apresentou soluções nem prazos para a resolução do problema.

Dezenas de bairros estão completamente às escuras há várias semanas, a administração pública tem o funcionamento condicionado e o sector privado funciona a meio gás devido a crise energética que também está na origem da suspensão constante das emissões da Rádio Nacional e da Televisão São-tomense.

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“Parece que há bairros que são privilegiados e outros não. É bom que a EMAE, faça um plano de cortes para cada um saber quando é que tem energia e quando é que não tem”, sugeriu um morador, do bairro de Almeirim que está sem energia elétrica há três dias.

O primeiro-ministro Patrice Trovoada justifica os apagões com a manutenção dos geradores e a redução do combustível fornecido à EMAE pel, Empresa de Combustíveis e Óleo (ENCO), controlada pela petrolífera angolana Sonangol.

“As pessoas têm que saber que a falta de luz elétrica não é só um problema técnico, mas é também um problema da entrega de gasóleo à EMAE”, disse o chefe do Governo, sublinhando também que uma grande parte de geradores da empresa de água e eletricidade se encontram em manutenção.

Até agora nem o Governo nem a direção da EMAE apresentaram solução para o problema que já dura há semanas e o desespero da população aumenta dia após dia.

“O primeiro-ministro tem que encontrar uma solução junto à EMAR. Nós não podemos ficar tantas horas sem energia nem para assistir o telejornal”, apelou outro cidadão ouvido pela VOA.

Na Ilha do Príncipe a crise energética é ainda pior.

O Governo central reduziu para metade o combustível destinado à região autônoma.