O Governo brasileiro perdeu no Supremo Tribunal Federal (STF) sua última cartada para impedir a votação do processo de impugnação da Presidente na Câmara dos Deputados, em meio à crescente debandada de parlamentares de partidos da base aliada para uma posição favorável ao processo contra Roussef.
Por 8 a 2, o plenário do STF rejeitou o pedido de liminar da Advocacia-Geral da União (AGU) nesta quinta-feira, 14, para que a votação na Câmara dos Deputados, marcada para domingo, fosse suspensa.
A AGU havia pedida a suspensão da votação até a análise pelo STF do mérito da acção, na qual pede a nulidade da maior parte dos actos tomados pela Câmara na tramitação do pedido de instauração da impugnação, apontando irregularidades e vícios no relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO).
Os deputados Paulo Teixeira (PT-SP) e Wadih Damous (PT-RJ) também entraram com pedido no STF no mesmo sentido.
Os argumentos da AGU foram rejeitados, pois a maioria dos ministros do STF entendeu que o direito de defesa poderá ser exercido no Senado Federal, caso a Câmara aprovar a admissibilidade do processo de impugnação.
Dilma Rousseff é acusada de crime de responsabilidade.
A Câmara dos Deputados começa a discutir o processo nesta sexta-feira, e vota no domingo.