A África do Sul está literalmente paralisada por manifestações a pedir a destituição do Presidente Jacob Zuma
Na zona baixa da cidade de Joanesburgo, cinco pessoas foram feridas por balas de borracha durante uma marcha realizada nesta sexta-feira perto da sede nacional do ANC, partido no poder,realizada por grupos da sociedade civil.
A marcha surge depois da exoneração do ministro das Finanças, Pravin Gordhan, há uma semana, seguida da revisão em baixa para o nível de lixo da capacidade da economia sul-africana pela agencia Standard & Poor’s.
Ao mesmo tempo, a moeda nacional caiu 10 por cento em relação ao dólar norte-americano em apenasuma semana.
Jacob Zuma alegara que o ministro e seu vice estavam envolvidos numa campanha de mobilização da comunidade internacional para desinvestir na África do Sul em protesto contra as medidas radicais do Presidente.
Entretanto, o vice-Presidente e outros dois membros séniores do ANC rejeitaram as alegações de Zuma, considerando-as inaceitáveis e ridículas.
A COSATU e o Partido Comunista, aliados do ANC na governação, disseram que Zuma já não tem capacidade para liderar a aliança tripartida governamental.
Os adversários políticos e sociais de Zuma mobilizaram-se em todo o pais nesta sexta-feira, 7, e prometem continuar até que Zuma abandone o poder.
Mas em virtude da maioria que tem no Parlamento, Jacob Zuma terminará o seu segundo e último mandato que expira em 2019.
Em 2014, Zuma formou um Governo com cerca de 75 ministros, o maior na história da África do Sul, mas o seu desempenho tem sido muito criticado dentro e fora do ANC, por causa da corrupção e ineficiência.
Por causa disso, o ANC perdeu as cidades de Pretória, JHB e porto Elizabete nas eleições municipais do ano passado.