STP: Trovoada aponta combate à fome e à pobreza extrema como principal desafio do seu Governo

Presidente da ADI, Patrice Trovoada, num comício da ADI, São Tomé e Príncipe

O combate à fome e à pobreza extrema em São Tomé e Príncipe será o principal desafio do próximo Governo de São Tomé e Príncipe, a ser chefiado por Patrice Trovoada.

O partido por ele liderado, ADI, segundo resultados parciais, ganhou as legislativas do dia 25, e deve formar o novo Executivo.

Esta será a quarta vez que Trovoada assume o Executivo, tendo, da última vez, em 2018, deixado o país logo a seguir à derrota, sem esperar pela posse do novo Governo.

Ele regressou ao país uma semana antes das eleições.

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Em entrevista a VOA, o futuro primeiro-ministro coloca o combate a fome e a pobreza extrema no topo da lista das preocupações do seu governo.

“O que nós ouvimos e vimos durante a campanha eleitoral é que a fome e a pobreza extrema estão a alastrar–se no país”, disse Patrice Trovoada sublinhando que é urgente encontrar medidas para travar a subida da inflação e reduzir o preço dos produtos da cesta básica.

No que toca à reforma da administração publica, Trovoada considera que já não se pode atrasar mais.

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“O país precisa urgente de reformas. Mesmo com maioria absoluta, vamos promover um amplo dialogo nacional para que as reformas sejam aceites para o bem do país”, afirmou, o líder da ADI, para quem a concretização de projectos estruturantes como portos, aeroporto e energias renováveis tem que ser uma realidade nos próximos quatro anos.

“O mais importante é dimensionarmos esses projectos a altura do país real, procurando uma racionalidade económica e financeira”, defendeu, acreditando que “o Governo vai conseguir reunir as condições financeiras para que isto aconteça”.

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O facto de o país ter Governo e Assembleia Nacional liderados pela ADI e um Presidente da República que saiu das fileiras do mesmo partido não é relevante em democracia, segundo Patrice Trovoada.

“Isto pode facilitar o diálogo institucional, mas não é relevante nem para a consolidação do poder, nem para a concretização dos projectos que temos para o país”, disse o líder da ADI, que promete para os próximos quatro anos um Governo de base alargada, com 50 por cento de personalidades de outros partidos políticos e da sociedade civil.