Há uma semana que a ilha do Príncipe está literalmente isolada de São Tomé por falta de transportes aéreos e marítimos.
Dezenas de turistas estão retidos na região e há também doentes que precisam ser evacuados com urgência para a capital do país.
O Presidente do Governo Regional diz estar à procura de uma solução junto do Governo Central.
Veja Também São Tomé e Príncipe às escuras há quase 48 horasOs relatos provenientes da Ilha do Príncipe dão conta que a região não recebe combustíveis há mais de três semanas por falta de navios e os bens de primeira necessidade também estão a escassear.
“Até o peixe está a ser vendido a preços exorbitantes porque o combustível passou a custar quatro vezes mais do preço normalmente praticado", diz por telefone à VOA Rodrigo Cassandra, que aponta ainda que "os comerciantes estão com as mercadorias retidas em São Tomé, os bens de primeira necessidade estão a escassear e a especulação de preços aumenta”.
Turistas e doentes também estão retidos na ilha do Príncipe depois do corte de ligação aérea que já dura há cerca de uma semana.
O Presidente do Governo Regional, Filipe Nascimento, confirma a situação e diz estar à procura de solução urgente junto ao Governo central.
“Estamos a fazer todos os esforços junto de todos outros intervenientes para tentarmos uma solução urgente e duradoira para a situação da dupla insularidade que tem lesado gravemente a população da ilha do príncipe e a economia da região, sobretudo o turismo”, afirma o governante regional quem garante estar em contacto permanente com os membros de Governo central sobre a situação.