Elsa Pinto não sobreviveu ao seu passivo com a justiça e perdeu os apoios políticos que antes lhe tinham valido a promoção ao cargo, inclusivé os do presidente da república
O governo santomense deu início aos contactos para a nomeação de um novo Procurador-geral da República, depois da demissão ontem a noite de Elsa Pinto empossada no cargo há duas semanas.
Um decreto presidencial publicado ontem pela imprensa em São Tomé confirmou a demissão da recém-empossada, que se viu impossibilitada em assumir o cargo por ter sido arguida num processo-crime que corria os seus termos no ministério público no momento de sua nomeação.
A presidência da república no seu decreto limitou-se a dizer que Elsa Barros Pinto era exonerada sob proposta do governo.
A sua demissão já mereceu a reacção do principal partido da oposição em São Tomé, Acção Democrática Independente, através do seu Secretário-geral, Levy Nazaré que lamentou a demora.
"Porque o escândalo rebentou já há muitos dias atrás, e a decisão devia ser tomada a tempo. Não nos estranhou porque já estavamos a espera que isso acontece, porque não havia clima para a senhora PRG exercer condignamente as suas funções."
Elsa Barros Pinto que é uma influente militante do partido no poder MLSTP/PSD foi nomeada para o cargo há pouco mais de duas semanas, segundo se dizia, com o propósito para promover a reforma do sistema judiciário e particularmente dos tribunais.
O seu envolvimento no escândalo de passagem de cheque sem provisão deitou abaixo a promessa do governo de Gariel Costa, um antigo Bastonário da Ordem dos Advogados e crítico conhecido em relação ao funcionamento dos tribunais. As revelações surgidas na imprensa logo a seguir a tomada de posse da nova Procuradora-geral da República, deixaram o governo sem argumentos para defender a figura que entretanto era acusada pela oposição política como não tendo o perfil requerido para o cargo.
Elsa Pinto que negou sem sucesso as acusações, veio a praça pública saudar o presidente da república, Manuel Pinto da Costa, pelo apoio e confiança nela depositado. Essa sua intervenção levantou suspeitas de que o governo estivesse a fazer o jogo para manter a sua nomeação, apesar da pressão da opinião pública.
"Pensamos que essa demora foi p'ra ver se as pessoas se calassem com o passar do tempo. Felizemente quer através dos orgãos da comunicação social, principalmente a estrangeira, e não só, tal como a pressão política ou mesmo social não deixou que isso acontecesse. Nós até acreditamos que o recente debate parlamentar feito por Gabriel Costa [primeiro-ministro] acusando o partido ADI de uma série de mentiras foi com o objectivo mesmo de passar para o segundo plano o caso de Elsa Pinto" - afirmou o secretário-geral do partido de Acção Democrática Independente - ADI.
Um decreto presidencial publicado ontem pela imprensa em São Tomé confirmou a demissão da recém-empossada, que se viu impossibilitada em assumir o cargo por ter sido arguida num processo-crime que corria os seus termos no ministério público no momento de sua nomeação.
A presidência da república no seu decreto limitou-se a dizer que Elsa Barros Pinto era exonerada sob proposta do governo.
A sua demissão já mereceu a reacção do principal partido da oposição em São Tomé, Acção Democrática Independente, através do seu Secretário-geral, Levy Nazaré que lamentou a demora.
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"Porque o escândalo rebentou já há muitos dias atrás, e a decisão devia ser tomada a tempo. Não nos estranhou porque já estavamos a espera que isso acontece, porque não havia clima para a senhora PRG exercer condignamente as suas funções."
Elsa Barros Pinto que é uma influente militante do partido no poder MLSTP/PSD foi nomeada para o cargo há pouco mais de duas semanas, segundo se dizia, com o propósito para promover a reforma do sistema judiciário e particularmente dos tribunais.
O seu envolvimento no escândalo de passagem de cheque sem provisão deitou abaixo a promessa do governo de Gariel Costa, um antigo Bastonário da Ordem dos Advogados e crítico conhecido em relação ao funcionamento dos tribunais. As revelações surgidas na imprensa logo a seguir a tomada de posse da nova Procuradora-geral da República, deixaram o governo sem argumentos para defender a figura que entretanto era acusada pela oposição política como não tendo o perfil requerido para o cargo.
Elsa Pinto que negou sem sucesso as acusações, veio a praça pública saudar o presidente da república, Manuel Pinto da Costa, pelo apoio e confiança nela depositado. Essa sua intervenção levantou suspeitas de que o governo estivesse a fazer o jogo para manter a sua nomeação, apesar da pressão da opinião pública.
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"Pensamos que essa demora foi p'ra ver se as pessoas se calassem com o passar do tempo. Felizemente quer através dos orgãos da comunicação social, principalmente a estrangeira, e não só, tal como a pressão política ou mesmo social não deixou que isso acontecesse. Nós até acreditamos que o recente debate parlamentar feito por Gabriel Costa [primeiro-ministro] acusando o partido ADI de uma série de mentiras foi com o objectivo mesmo de passar para o segundo plano o caso de Elsa Pinto" - afirmou o secretário-geral do partido de Acção Democrática Independente - ADI.