Mais de 80 pessoas foram presas no domingo à noite durante protestos em St. Louis, no Estado norte-americano do Missouri, contra a absolvição de um polícia branco, que matou a tiros um homem negro em 2011.
Foi a terceira noite consecutiva de violência naquela cidade.
A polícia de choque usou spray de pimenta e prendeu manifestantes que desrespeitaram ordens para se dispersar após um protesto maior e pacífico.
Depois do anoitecer, um pequeno grupo permaneceu no local e houve cenas de desordem, assim como nas noites de sexta-feira e sábado.
Manifestantes quebraram janelas e tentaram bloquear o acesso a uma estrada interestadual, disseram a polícia e testemunhas.
A Reuters reporta que a presidente da câmara de St. Louis, Lyda Krewson, disse a jornalistas que “a imensa maioria dos manifestantes é não violenta”, e culpou um “grupo de agitadores” pela violência.
Os protestos em St. Louis começaram após a absolvição, na sexta-feira, do ex-polícia Jason Stockley, de 36 anos, de uma acusação de homicídio pela morte a tiros em 2011 de Anthony Lamar Smith, de 24 anos.
Nesse dia, 33 pessoas foram presas e 10 agentes ficaram feridos.
Muitos eventos na cidade foram adiados. O grupo musical U2, a cantora Ed Sheeran e a Orquestra Sinfónica de St. Louis cancelaram as suas actuações do fim-de-semana.
Tensões raciais não são novidade em Missouri. Em Agosto de 2014, na zona de Ferguson, St. Louis, foram registadas duas semanas de violência após a morte de Michael Brown, 18 anos de idade, por um polícia branco.
Seguiram-se incidentes do género noutras cidades americanas, Baltimore, Maryland; Charlotte, Carolina do Norte; St. Paul, Minnesota; e Baton Rouge, Louisiana.