A sociedade civil angolana questiona o processo democrático, na sequência da aprovação, esta semana, pelo parlamento dominado pelo MPLA de diplomas que clarificam matérias de natureza eleitoral sobre o voto, incluindo no estrangeiro.
A UNITA votou contra o projecto de alteração da legislação eleitoral, por considerar o mesmo "um suicídio do estado democrático".
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Este partido alegou que as principais propostas, para melhorar a transparência das eleições, foram rejeitadas, exemplificando a rejeição da garantia da unicidade do voto em tempo real, por via da identificação biométrica do eleitor, bem como a retirada do apuramento municipal e provincial.
O PRS, partido que também votou contra, observou que a lei revista "não se adequa ao modelo de eleições que Angola pretende".
O mesmo posicionamento foi manifestado pela coligação Casa-ce, que afirmou que a lei em apreço "constitui um obstáculo para o exercício do voto consciente".
Veja Também Maioria do MPLA aprova lei das eleições gerais com votos contrários da oposiçãoOs membros da sociedade civil responsabilizam os dois maiores partidos políticos pelo descalabro do pacote legislativo sobre as eleições.
O grupo questiona o facto de ter sido excluído em todo o processo de discussão e receia dias piores.
O analista político, Olívio Kilumbo, um dos subscritores do grupo de cidadãos que apresentou contribuições para a elaboração da lei eleitoral, está desiludido e preocupado com o rumo do processo democrático em Angola.