Pelo menos oito sobreviventes da explosão de um camião-cisterna em Caphiridzange, em Moatize, na província moçambicana de Tete, tiveram alta nos últimos três dias, informou a direção do Hospital Provincial, que contabilizou ainda 33 doentes internados, sete dos quais ainda “muito graves”.
Lidia Cunha, directora do Hospital Provincial de Tete, disse que começaram a ser dadas as primeiras altas aos sobreviventes três semanas após a tragédia aos pacientes que apenas precisam de assistência de cicatrização, estando a observação a ser feita de forma ambulatoria no centro de saúde local.
Num quadro clinico geral que considera “estacionário”, Lidia Cunha fez notar que continuam internadas 33 vitimas, das quais sete doentes “muito graves”, em cuidados intensivos com 50 a 80 por cento do corpo queimado, além de oito crianças e uma grávida.
“Quanto mais começamos a registar altas, ontem (segunda-feira, 5) tivemos três, hoje (terça-feira, 6) tivemos uma alta, já é uma evolução”, disse Lidia Cunha, adiantando que nas últimas 24 horas, o hospital não registou qualquer óbito, mantendo o número de 102 mortos da tragédia.
Cunha assegurou que nesta quarta-feira, 7, o hospital vai retomar as operações cirúrgicas de limpeza e de enxertos, a parte dos 33 doentes internados, alguns dos quais em segunda via.
A responsável sublinhou ainda que as cirurgias de enxerto não são feitas de uma única vez: “o paciente é submetido a uma cirurgia e depois de um tempo volta a ser submetido e assim sucessivamente até atingirmos os objectivos”.
As vitimas que receberam alta são sobreviventes da explosão de um camião-cisterna com gasolina em novembro, na localidade de Caphiridzange (Moatize, Tete), durante um roubo em massa de combustivel, numa zona perto da fronteira com Malawi.