“Montagem” é como o candidato presidencial e antigo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embalo, definiu o áudio divulgado nas redes sociais alegadamente da sua autoria e que o Chefe do Governo, Aristides Gomes, considerou ser um incentivo à violência para interromper o processo eleitoral em curso.
Em entrevista à VOA nesta terça-feira, 22, por telefone a partir de Dakar, o candidato apoiado pelo MADEM-G15, a segunda formação política na Guiné-Bissau, afirmou que tudo não passa de uma estratégia do primeiro-ministro para sair em frente no momento em que, segundo ele, “há uma crise de tráfigo de droga” no país.
Veja Também Em exclusivo à VOA Aristides Gomes exige: "áudio com ameaças deve ser esclarecido"“O senhor Aristides Gomes, sempre que é primeiro-ministro temos esse problema de droga, que é um problema da subregião, mas para desviar a atenção, ele tinha que criar uma situação”, explicou Sissoco Embalo, que aponta o dedo ao partido no poder.
“Euquanto nós não nos libertarmos do PAIGC, ficamos nesse problema porque o PAIGC está ligado ao tráfico de droga”, denuncia aquele general que carreira que reitera que o “áudio é uma montagem”.
Em Dakar há um mês, garantiu que vai regressar em breve à Guiné-Bissau para fazer a sua campanha com vista à eleição presidencial de 24 de Novembro.
Questionado se acredita que a eleição acontecerá, Umaro Sissoco Embalo disse “não saber, porque há muita falcatrua” e acusa o Governo de “estar a silenciar rádios que não controla e a criar uma situação muito complicada.
Aquele candidato, entretanto, aponta o dedo ao presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, que, para ele, “é quem é o primeiro-ministro, quem manda”.
Umaro Sissoco Embalo garante, no entanto, que a situação é muito complicada, “mas estamos atentos”.
Ouça a entrevista:
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Antes, o primeiro-ministro Aristides Gomes tinha reiterado as acusações contra Sissoco Embalo