O Sindicato Nacional dos Professores (SINPROF) e Sindicato Nacional de Professores e Trabalhadores do Ensino Não Universitário (SINPTENU) reafirmaram a realização da greve dos docentes a partir de amanhã, 5, em todo o país.
Os sindicalistas, que decretaram uma greve de três dias, dizem ter criado paquetes de greves para garantir a sua realização e apelam os professores a não darem ouvidos às ameaças da entidade patronal.
Um pouco por todo o país, o Governo tem sido acusado de tentar imnpedir a realização da greve.
Uma circular do Departamento do Ensino Geral, do Ministério da Educação, exige que os directores provinciais e municipais e directores de escolas obriguem os professores a não aderirem à greve, caso contrário terão de “arcar com as consequências”.
Em resposta, Manuel de Victoria Pereira, vice-presidente do SINPROF, avisa que os responsáveis que coagirem os grevistas serão responsabilizados criminalmente.
“Aquele titular de cargo que se exceder vai ser responsabilizado criminalmente, é um aviso, é um recado a todos os senhores que querem ser mais papistas que o próprio papa”, sublinha Pereira
Os dois sindicatos garantem estarem criadas as condições para a realização da greve que visa exigir, entre outras assuntos, aumentos salariais e actualização das carreiras.
Convocada inicialmente pelo SINPROG, a greve tem agora a adesão do Sindicato Nacional de Professores e Trabalhadores do Ensino Não Universitário (SINPTENU).
O secretário geral da organização, Zacarias Jeremias, diz que os professores devem fazer um sacrifício para o bem da própria classe.
“Isso não é um favor que o Estado está a fazer aos professores, mas sim uma exigência, vamos ser descontados, mas não creio que isso vá afectar a esfera económica do docente”, defende Jeremias.
A greve realiza-se nos dias 5, 6 e 7 de Abril.