Mais de 100 comités de greve foram criados na maioria das escolas da província de Malanje para acompanhar a greve dos professores, a realizar-se nos dias 5, 6 e 7 de Abril.
Os delegados de greve vão coordenar actividade dos docentes durante os três dias de paralisação das aulas no Ensino Geral.
O secretário-geral provincial do Sindicato Nacional de Professores (SINPROF), Graça Manuel garantiu nesta segunda-feira,, 3, que ninguém está legitimado para impedir a declaração de greve que é oficial, legal e está protegida nos termos da lei.
“Os piquetes já estão credenciados, os delegados também que são membros dos secretariados provincial e municipais, também estão credenciados”, confirmou Manuel.
Na escola do II ciclo Gomes Spencer, onde o director ameaçou excluir os professores da folha de salários, já foi resolvida a má interpretação, tendo em conta que “o professor é livre a aderir a greve e a direcção da escola não tem o direito de intimidar”, disse o sindicalista.
Graça Manuel referiu que instituições governamentais desdobraram-se nos últimos dias em reuniões com directores de escolas para coagirem os professores à não aderirem à greve.
“Tomamos conhecimento que a Direcção Provincial da Educação e a Direcção da Comunicação Social mantiveram encontros com os directores de escola, e na nossa óptica a Direcção Provincial da Comunicação Social não tem o direito de trabalhar no sentido de invalidar a greve na província de Malanje”, denunciou.
Os professores do Ensino Geral exigem a actualização das categorias, pagamento na totalidade dos subsídios, reajuste salarial, transição do regime probatório para o regime efectivo de professores e melhoria das condições de trabalho.