Sindicato dos Professores em Benguela processa jornalistas por injúria

Tribunal Provincial de Benguela

Jornalistas desconhecem acusação formal.

O responsável do Sindicato dos Professores em Benguela apresentou uma quixa na justiça contra os jornalistas João Marcos e Horácio dos Reis por injúria.

Os profissionais desconhecem a acusação.

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Sindicato dos Professores em Benguela processa jornalistas por injúria - 3:47

"Sindicato da Educação em Benguela ‘torra’ milhões em carros de luxo para funcionários", é o título de uma reportagem publicada no jornal A Capital e retomada pelo jornal digital Pérola das Acácias, que levou dos jornalistas a responderem nos Serviços de Investigação Criminal na manhã desta terça-feira em Benguela.

A queixa foi apresentada por José Joaquim Laurindo, responsável do Sindicato dos Professores em Benguela.

O texto apresentado como prova denunciava que no passado haviam sido adquiridas viaturas luxuosas por mais de 150 mil dólares.

Após a identificação dos arguidos, o instrutor do processo questionou a credibilidade das fontes dos jornalistas e quis saber quais eram, como diz João Marcos.

“Foi um encontro breve sobre o teor da matéria, não nos foi informado nada sobre os passos seguintes”, explicou.

O também jornalista Horácio dos Reis considera que tudo não passa de perseguição do sindicato por eles não fazerem parte da lista de jornalistas que o Sindicato dos Professores em Benguela protege.

“De uma forma não amistosa daí o processo, isso vem dentro de uma estratégia do próprio sindicato, porque aqui em Benguela existe um clube de amigos de jornalistas que salvaguarda os interesses do sindicato",acusou.

Reis diz ainda que a estratégia visa essencialmente calar todas aquelas vozes que de uma forma directa não contribuem para a lavagem de imagem daquele responsável que há vários anos coordena o sindicato da educação”.

A VOA contactou José Joaquim Laurindo que, sem gravar entrevista, disse apenas ter entregue tudo à justiça