Sindicato dos Professores diz ter sido forçado a suspende greve iniciada na terça-feira

Sala de aulas em São Tomé e Príncipe

Governo fala em "entendimento" e alunos regressaram às aulas hoje

O Sindicato dos Professores e Educadores de São Tomé e Príncipe (SINPRESTP) decidiu levantar a greve decretada por tempo indeterminado, na terça-feira, 2, sem qualquer garantia de satisfação das suas reivindicações pelo governo.

O secretário-geral da organização sindical Gastão Ferreira diz ter sido forçado a tomar esta decisão devido ao actual contexto da pandemia da Covid-19.

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Sindicato dos Professores diz ter sido forçado a suspende greve iniciada na terça-feira

Ele afirma que, após uma profunda reflexão da situação, na sequência das negociações com o Governo, os delegados sindicais foram forçados a optar pelo levantamento da greve.

“Não houve consenso entre nós e o Governo sobre as nossas preocupações, mas fomos forçados a levantar a greve. A conjuntura actual obrigou-nos a um entendimento com o Governo, mas as nossas reivindicações mantâm-se”, acrescenta Gastão Ferreira, quem não quis entrar em detalhes sobre o que forçou o sindicato a por fim à paralisação sem qualquer garantia de solução das suas reivindicações.

Entretanto, o analista Óscar Baía explica que o Governo “encostou os professores à parede”.

“O que se passa, é que os delegados sindicais foram ameaçados de que o Governo iria alegar a pandemia da Covid-19 para fechar as escolas e os professores em greve iriam ficar sem salário", afirma Baía, alertando que “a intenção "é fragilizar os sindicatos e transformá-los em marionetes do Governo”.

Por seu lado, o primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, diz que “foi encontrado um entendimento com o sindicato dos professores porque o dever do governo é encontrar formas para pacificar a sociedade”.

Alcançado o “entendimento”, entre as partes os cerca de 60 mil alunos do ensino básico e secundário regressaram nesta quinta feira às aulas.