O Sindicato Nacional dos Médicos de Angola (SINMEA), denunciou nesta quinta-feira, 28, o que chama de caças às bruxas contra os médicos grevistas, mesmo após suspensão da grave.
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O presidente da organização, Adriano Manuel, afirma que os médicos que aderiram à greve estão a ser proibidos de regressarem aos seus postos de trabalho.
Ele apela aos órgãos de justiça que intervenham para acabar com as perseguições.
“Não podemos compreender por que a ministra da Saúde orienta os directores de hospitais a suspenderem a formação dos médicos apenas por terem aderido à greve, passando guias de regresso aos hospitais de origem por apenas terem participado do acto”, afirmou Manuel, quem disse ter escrito ao Presidente da Republica, à Assembleia Nacional, e à procuradoria Geral da República, para que "parem com estas perseguições”.
O sindicalista denunciou também a existência de um plano contra os grevistas por parte do partido no poder.
“O MPLA gizou um plano, no sábado vai organizar uma manifestação com cartazes contra o Sindicato Nacional dos Médicos de Angola”, revelou Adriano Manuel.
A greve dos médicos começou em Março para exigir ao Governo o cumprimento do caderno reivindicativo, o que, segundo o sindicato, nunca aconteceu.
O Executivo disse que tinha cumprido o acordado e anunciou o corte de salários dos profissionais que aderiram à greve.
Nesta semana, os médicos regressaram ao trabalho porque, como disse Adriano Manuel, muitas pessoas estão a morrer.
Entre as reclamações pendentes no caderno reivindicativo constam a melhoria salarial, a segurança dos profissionais da classe, a melhoria do sistema de saúde, a melhoria da assistência primária, a humanização dos serviços e a transparência, entre outras.